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UFPA, UFRA, UNIFESSPA E UFOPA DEVEM ENTRAR EM GREVE NA PRÓXIMA SEMANA

Técnico-administrativos em educação (Taes) da UFPA, UFRA, UFOPA e Unifesspa aprovaram em assembleias realizadas nos dias 04 e 05/03 deflagração de greve a partir de 11/03, conforme indicação da Federação dos Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Educação das Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra), em dezembro do ano passado.

A intensificação da pressão da categoria se dá após o governo federal ter oferecido reajuste zero em 2024 e nenhuma perspectiva de reestruturação do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação (PCCTAE), após várias rodadas de negociação sem um retorno assertivo.

As principais reivindicações da categoria são um cronograma de reposição das perdas salariais, que já somam aproximadamente 53% desde 2010, e reformulação da carreira da categoria, que tem a pior remuneração do executivo federal.

“Hoje nós vivemos uma grande rotatividade de Técnicos-Administrativos em todos os níveis nas universidades, porque nossa carreira é a menos atraente do serviço público federal”, argumentou Marcos Soares, coordenador geral do Sindtifes-PA, durante assembleia da categoria realizada na UFPA, na manhã do dia 05/03.

Segundo ele, o governo federal só acenou com uma proposta concreta às demandas apresentadas e debatidas em várias rodadas de negociação no ano no final de 2023, às vésperas da votação da Lei Orçamentária Anual (LOA) “Os reajustes somente nos auxílios saúde, creche e alimentação, além de estarem muito longe do que propusemos, exclui os aposentados”.

A categoria avalia que o reajuste somente nos auxílios, sem equiparar os valores que recebem os servidores do judiciário, são insuficientes para suprir as perdas salariais, por isso cresce a insatisfação da categoria e se avizinha uma grande greve com centralidade na luta para que a reestruturação do PCCTAE entre no orçamento federal ainda em 2024.

TAES de mais de 40 universidades da base da Fasubra aprovaram greve em todo Brasil. Os comandos de greve nacional e locais estão sendo formados e a tendência é que no dia 11/03 já sejam realizados piquetes e intensificação das mobilizações, que estão encontrando forte ressonância nas bases, devido não apenas a precarização dos salários, mas também à falta de estrutura para a realização de atividades básicas, como imprimir documentos e uma estrutura de copa em diversos setores, não apenas nos campi do interior, mas também nas sedes.

GREVE UNIFICADA VEM AÍ

O 42º Congresso do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN), realizado entre os dias 26/02 a 01/03 em Fortaleza-CE, aprovou construção de greve nas universidades, e a tendência é que se construa um grande movimento paredista a nível nacional e unificado nas próximas semanas. Tendo como pauta também a recomposição dos orçamentos das universidades e institutos federais e outros temas.

ANDIFES MANIFESTA APOIO À REFORMULAÇÃO DO PCCTAE

Diante da mobilização dos TAES de todo Brasil, os reitores estão se manifestando em apoio à reformulação do PCCTAE. Em reunião da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (ANDIFES), realizada no dia 22/03, também foi aprovada uma moção de apoio da entidade à luta dos técnico-administrativos pela reestruturação da carreira.

“A Andifes tem convicção de que a reestruturação do PCCTAE transcende as fronteiras internas das universidades, ecoando por todo o cenário educacional brasileiro. Uma carreira robusta e equitativa para os TAES não só impulsiona o crescimento pessoal e profissional desses colaboradores, mas repercute de forma positiva na excelência do ensino, da pesquisa e da extensão, na igualdade salarial e na atratividade do serviço público em sua totalidade”, diz parte da nota publicada pela entidade.

ASSEMBLEIA DOS (AS) TAES DA UFPA