A assembleia geral do Sindtifes-PA, que reúne trabalhadores (as) técnico-administrativos em educação (Taes) da Ufpa, Ufra, Unifesspa e Ufopa, aprovou por ampla maioria entrar em estado de greve, diante da proposta do governo de conceder 0% de reajuste em 2024.
A votação visa apontar ao governo e à sociedade a insatisfação da categoria com a “proposta” apresentada. É também uma forma de pressionar o Governo Lula a atender nossas pautas e indica que os (as) Taes estão mobilizados (as) e que a partir de agora a construção da greve passa ser o horizonte.
Qual a proposta do governo, na última rodada de mesa de negociação, às vésperas do final do ano, quando as mobilizações ficam prejudicadas?
- Reajuste zero em 2024.
- Reajuste no auxílio-alimentação de R$ 658,00 para R$ 1.000,00; o per capita saúde do valor médio de R$ 144,00 para 215,00; e o auxílio-creche de R$ 321,00 para R$ 484,90, a partir de maio de 2024.
- A depender do orçamento 4,5% em 2025 e 4,5% em 2026 de reajuste salarial.
Os (as) Taes Universidades Federais do Pará consideraram essa proposta uma afronta, num cenário de carreiras defasadas e acúmulo de até 53% de perdas salariais nos últimos anos, além de ter uma perspectiva de dividir a categoria entre ativos e aposentados, haja visto que os auxílios em sua maioria não são pagos aos (às) aposentados (as).
Foi debatido e repudiado também na assembleia a enrolação do governo durante toda a mesa de negociação desse ano, com o governo tendo como política levar proposta somente às vésperas do recesso, justamente para impedir nossos questionamentos. Na mesa específica e temporária que deveria tratar da reestruturação do PCCTAE, a última reunião foi em 03 de outubro e até agora não houve nenhuma resposta.
No entanto, o governo não contava com a mobilização da categoria que participou em peso da assembleia, com cerca de 150 presentes entre o presencial e o online. Em todo o país as assembleias têm sido grandes e cerca de 10 sindicatos já votaram estado de greve.
Confira as resoluções da assembleia:
- Estado de Greve.
- Reunião do Comitê de Mobilização dia 10 de janeiro de 2024.
- Diálogo com docentes, estudantes e outros sindicatos para unificação das lutas em 2024.
- Na reunião do Comitê de mobilização em 10 de janeiro encaminhar novo calendário de assembleia e mobilização dialogando com o calendário nacional.
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