Servidores (as) técnico-administrativos (as) da UFPA realizaram ato público contra os assédios e preconceitos na UFPA na quinta-feira (11/5), no final da manhã, no Hall da Reitoria. Participaram cerca de 50 servidoras, com a presença de algumas docentes, mas sendo a ampla maioria de Taes e mulheres.
Houve várias denúncias de casos de assédios na Biblioteca Central da UFPA, na Facim-ICEN, no Icsa, no IG, nos Hospitais Universitários e em outros locais da instituição. Por muitas vezes as companheiras e companheiros assediados vieram às lágrimas ao relembrarem os casos de assédio que sofreram, os períodos de adoecimento a que foram submetidas (os) pela perseguição.
ENTREGA DE CARTA À REITORIA
Após o espaço de denúncias que ocorreu no Hall da Reitoria, as companheiras e companheiros presentes subiram ao gabinete da Reitoria e foram recebidos pelo vice-Reitor Gilmar Pereira.
Ao dirigente da UFPA foi apresentado o conteúdo da carta que pede medidas emergenciais da instituição de combate aos assédios e preconceitos, mais e melhores canais de denúncia e apuração dos casos, medidas educativas e punitivas para erradicar os assédios e opressões da UFPA.
A carta propõe também a criação de um grupo de trabalho com a participação da comunidade universitária para melhorar a resolução 815/2020 do Consun que versa sobre o combate ao assédio, mas não é cumprida de fato.
O vice-Reitor pediu um tempo, mas não deu prazo para responder às nossas demandas. Nós do sindicato achamos ruim que não tenha prazo para as respostas e ainda em junho seguiremos mobilizados para pressionar a Reitoria por nossas propostas que também passam por criar meios mais democráticos de gestão na UFPA, com debate de fundo sobre o fim da lei da composição dos conselhos por 70% de docentes, a luta por espaços de deliberação colegiados nas unidades administrativas e com eleição para todos os cargos de direção e gestão na universidade.
SINDTIFES-PA VAI ORGANIZAR CAMPANHA CONTRA OS ASSÉDIOS E PRECONCEITOS NA UFPA, UFRA, UNIFESSPA E UFOPA
O Sindtifes-PA vai organizar a partir de junho campanha com materiais, palestras e atos contra os assédios nas quatro universidades da nossa base de atuação. A ideia é organizar coletivamente a categoria para se mobilizar e derrotar esse modelo de gestão que predomina no serviço público a nível nacional. Modelo esse que está pautado na política de aumento da exploração dos servidores (as) e na perspectiva de impedir as lutas coletivas e organizadas da categoria.
Convidamos a categoria a se somar a essa batalha, procurar o jurídico do sindicato para fazer denúncias de casos de assédios e lutar em conjunto para que possamos ter ambientes de trabalho mais harmoniosos.
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